terça-feira, 25 de setembro de 2012

A desordem do discurso


Eu sei o titulo pode parecer um tanto quanto um sacrilégio a Foucault. Mas é a pura verdade. Hoje resolvi falar daquilo que me tem com o “saco cheio”, a contrariedade no discurso das pessoas. Pode ser que muitos levem para o lado pessoal, outros ainda pensarão se tratar de política, pode ser que sim, ou não, mas, se o chapéu lhe coube, bom uso.
A questão pontual é o calvário que se vive na sociedade, um dia a pessoa afirma uma coisa, faz um discurso, ou “ladaia” se assim preferir, no outro faz o oposto. Aí, a primeira coisa que se pensa é na tal de bipolaridade. O que se vê na sociedade na realidade é uma falta de comprometimento com a própria palavra, não confunda, porém, a questão do poder mudar de opinião com o “eu faço e aconteço”, mas na realidade faço o contrario.
Falando agora sim em política, to cansada de ver esses “Che Guevara danoninho” dando uma de revolucionários, mas adoram tudo aquilo que o capitalismo lhes oferece. Pombas, cadê a sociedade do bem estar? Bem estar enquanto mamãe e papai bancarem, mas e o resto?
Falando em sociedade, to cansada de falsos moralismos, de falsas falas de solidariedade, de escutar que tal ou qual fulano é assim devido a desestrutura familiar, de certas convenções sociais que tornam o ser humano tão deprimente. Conheço gente que sai falando mal dos outros após a missa, conheço gente que fala de amor e coisa e tal, mas não mexe nem um dedo para ajudar aqueles que precisam.
Não encha a boca sobre aquilo que você não é, ou não faz, não se esqueça que, sempre haverá alguém que realmente existe, alguém que faz aquilo que você não, e que muitas vezes ele será “melhor” que você. Se você se vangloria muito, certamente você é daqueles que precisa de autoafirmação, ou seja, você não tem segurança em quem realmente você é. Há alguma coisa pior que aquele que vive repetindo que ele é o tal? Certamente essa pessoa precisa repetir constantemente pra ele e quem o rodeia a mesma historia para se convencer e saber quem ele é, e ter certeza disso.
Em tempo, saudades do tempo em que a palavra de um homem valia mais do que qualquer coisa.

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