domingo, 22 de abril de 2012

A reação química

Oi! Vocês ainda estão vivos? Assim espero, assim espero...
Sabe, ontem assisti um clipe que me deixou meio perplexa (e olha que para me deixar assim... tem que ter), não pelo seu conteúdo em si, mas pelo seu significado, ou pelo menos para o significado que eu dei. O vídeo em si tem um tom meio polemico, que em se tratando da artista em questão não me apresenta novidade alguma, pois ha anos as artistas americanas, deixam de ser as "teens" meigas, pra se tornarem mulheres transgressoras sem charme ou classe alguma. O video é este que lhes apresento:

Nele temos um "bucado" de situações a serem analisadas, praticamente uma "suruba" interdisciplinar. Mas hoje o que me cabe aqui é a analise do chamado "AMOR" (quem me conhece ao vivo vai achar esta frase engraçada, mas fazer o que né?). A questão é que como já dito por inúmeros filósofos, botiqueiros, acadêmicos, poetas e qualquer um que gosta de se manifestar sobre o assunto, vivemos na era das relações liquidas, passageiras, interesseiras, intensas, e por que não também tensas, não necessariamente nesta ordem, não necessariamente tudo junto nem tampouco separado. Ao mesmo tempo que percebo cada vez mais no ser humano (especialmente nos adolescentes) que há uma necessidade grande de "amar", descubro também que há uma desvalorização das relações interpessoais (falei bonito agora).
Há quem diga "oras sua lacraia isto não é mais do que a banalização do amor", e eu respondo "oras seu animal, acaso não estudou lexicologia? não sabe que banalização vem de banal? que significa comum?". E sobre este pequeno dialogo travado internamente com todo e qualquer individuo que utilize "banalização" sem fundamento, eu digo: QUE BOM QUE O AMOR FOSSE UMA COISA BANAL, isto seria o mesmo que dizer que o ser humano tornou-se "bom", que há espaço no mundo para o amor fraternal... mas não.
Estão esperando ainda que fale sobre o vídeo não? Pois, este vídeo não é mais do que uma realidade complexa, que as vezes nem eu como historiadora, metida a socióloga-filosofa-antropóloga, consigo entender. Alem, de estar na era das relações estamos na era dos excessos. O vídeo faz menção ao uso de drogas, estimulantes e álcool, e ainda que através disso as noites (e dias) tornam-se mais intensos, mas quando o efeito passa esta realidade torna-se insuportável. Infelizmente hoje em dia poucos conseguem discernir o que é realidade e o que é fantasia. Começando pelo amor, digo, se o amor é (falando aqui na questão biológica da coisa e não filosófica) uma reação química, um estimulo sensorial, não estariam estas pessoas que utilizam todo tipo de alucinógenos, estimulando um amor irreal? Do tipo quando a loucura passar se cura? Não seria então por isto que as relações cada vez mais estão durando o que um suspiro? Por que elas já iniciam condenadas?
Estas questões sempre me deixam filosofando até altas horas... Tempos atrás eu e o meu querido Mauricio (por aquele que tenho uma reação química verdadeira) estávamos filosofando o por quê dos nossos avos estarem juntos há 50, 60 anos, apesar de todas as brigas, diferenças, e outras coisas mais, e nossos contemporâneos "abandonar o barco" na primeira dificuldade. E a unica explicação que encontrei ate agora é: vivemos na era das relações passageiras.

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